quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ao desespero parte 1

Rindo. Todos estão rindo e olhando pra mim. Foi quase que como me sentir aliviada por conseguir respirar depois de uma longa apneia. Foi quase que como beber esse gole de café, que apesar de não me apetecer me liberta do velho nojo. Nojo. Era sobre isso que eu queria falar. Ela era tão grande e viscosa, quase tão maior do que o meu nojo. Ela era tão maior que a minha existência, que só lhe faltou voar. Mas me falta um travo de infelicidade para resolver. Falta a minha velha sensação de pertencimento (onde eu estava mesmo?). De amargo em amargo, não vejo mais meu reflexo na xícara. Essas ruas querem me dizer algo. É tão urgente que elas permanecem em silêncio (como aquele inquietante e significante e preciso e an-gus-ti-an-te silêncio).  Eu preciso explicar pra essa gente o significado disso tudo. E sem mais generalidades.

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