quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sobre tudo aquilo que não é permanente

Quão volátil é o ser humano?
Quão disposta eu estive a mudar
E quanto mudei?
Por alguém, ou por mim?
Pra onde essas mudanças vão me levar?
Estou disposta a caminhar tanto?
Eu não gosto de previsões
Não e possível fazer previsões.
Então pra que tantos planos?
Se eu posso me perder dentro deles?
Se eles podem me enrolar
E tornar nebuloso o real.
De que valem as perguntas?

Àqueles que não gostam de ordens

O que por decisão se torna real
Por comoção vira o avesso.
Ainda que haja uma ideia concebida
Diria que há mais coisas por onde piso do que gostaria.
Mais do que o inesperado
O insano é o que mais apetece.
Mais do que o mal planejado
Talvez eu prefira o não planejado.
O que por convenção é o abuso
É de certo o que provoca os sentidos.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Não havia mais nada lá
Além dos dois
E o céu
Que de tão escuro fazia dos olhos dela menos verdes.
Ninguem sabia mais de nada
Esqueceram o caminho, as chaves, o portão cor de mel, tudo
Só não esqueceram do abraço
Que encheu a rua vazia.

Eu sou tantas

E não concordo com nenhuma.