segunda-feira, 26 de novembro de 2012

escrito sábado

os sonhos que depositei nos próximos quilometros de rodovia parada. apertiño no coração. luzes de natal. cheiros. é incrivel como eu só sinto cheiro quando to nessas de andar a pé, onibus, sentir as pessoas - de carro a gente só vê cabeças -  tenho tara de cheiro assim como tenho tara de mar. só de pensar eu choro. eu sempre sonhei bastante. acordo cansada (teoria minha). lembro muito, relembro, retoco o que ja quase esquecia. dou uma choradiña e depois passa. por hoje só saudade...to ouvindo esses sambiñas de verão, que eu acho que tem a cara de janeiro, fevereiro e comecinho de marzo...e claro, marina lima. hoje eu decidi, meu tempo é outro. perturbados futebol clube. eu nao me encaixo, mas nao dessas de reclamar e bater panela (admiro) mas sou sensível, por vezes (sempre) achei que era defeito, mas agora hoje, dois minutos atras, decidi: vou ser poética. só consigo fazer poesia, dá um briliño no  meu coração sensivel & molinho. de espuma. nao sou inocente e nem me resignei. mas vamos rir de tudo isso por favor. podem me julgar podem me julgar acho que não ligo mais.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

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Cada palavra me corta em mais um pedaço
E não faz mais tanta diferença, um sentimento a mais ou a menos...
Tudo acontecendo meio rápido demais, meio descontrolado demais, meio imprevisível demais
O tempo escorrendo pelos meus dedos
e eu me dando ao luxo mais uma vez de manter sub-sentimentos...

Eu tenho muitos sonhos, alguns que nunca contei pra ninguém, nem pra mim mesma
Outros que eu abandonei por aí.
Vira e mexe eu encontro com eles em uma esquina qualquer, a gente se abraça e às vezes chora.
eu atravesso a rua e penso que viver é rápido demais,

quando você vê o sangue já secou

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fazendo o que todos sempre fazem

O mundo é estreito e vazio
Pra gente como nós
Sonhos e possibilidades
Queimam à luz do dia
E dançam a valsa dos desesperados.

Não quero seu amor doente
Tão sublime e despreparado
Não quero sua proteção maternal
Tão brega e ultrapassada.

Então rasgue o peito agora
Manche a cara do mundo
Com seu coração
Tão jovem e tão cansado.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Nos abismos de Dora

Te quero em carne viva
Doce e quente
No meio da rua
Até o asfalto quente acabar.

Te quero entregue
Cru e indecente
Enquanto o céu jorra sangue
Na alma dos pobres.

Dora encontrou o abismo
O abismo era ela
Sua roupa seu cabelo suas mãos
Toda ela.
Entre sua vida e sua morte.

quinta-feira, 15 de março de 2012