terça-feira, 22 de junho de 2010

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente."

Grandiloquente Fernando Pessoa 

sábado, 5 de junho de 2010

Eu que me encontrava em brancas nuvens
Hoje tenho um par de sapatos brancos (amarelados).
Eu que queria o seu azul
Só posso pensar que tenho o mel.
Que seja doce então...
Anacoluto,

Faz tempo que te olho e apesar de aparentemente estranho, penso já ter te visto antes. Retorne meus olhares assim que possível.

Atenciosamente,

Assinado Eu.

como Zeca dizia

Eu não quero dinheiro
Eu quero poesia!
O que você chama de lucro
Pra mim é perfumaria.

Prevale(ce)ndo

A pena nem pensa em me deixar na mão e assim sem pensar  escreve tudo que comando. Comendo papel com a rapidez que a valha, veste como malha tudo que encabecei. Não enxerga o fim, e assim como em mim não sabe aonde vai chegar e se vai chegar. Desce contínua e a ambígua face da folha sente acabar. Despedaça-me em flores sem pétalas e diz-me com riso no fim: "Isso tem cheiro de página virada!"
I
Da vista, a admiração
Segunda vista, terceira, quarta
"Aperfeiçoando", afeiçoando...

II
Do escrito, o lido
Lindo
Fico encantada

III
Do visto, o bem visto
O quase amado, odiado
O prometido, afeto
Te sabia, desde antes

IV
A parte triste, ou apenas
"menos feliz"
Infeliz!
Por que me tirar assim?
Eu já tive eixo, um dia

V
Te deixo aí, eu fico aqui
Te apresento, e me declaro:
Livre.
De alegrias, livre
De amores, livre
De versos,
Livre de você.