sábado, 13 de março de 2010

SAUDADE parte (em) 2

Do braço do abraço
Da mão do aperto
Dos olhos que falam
Do cheiro do cabelo
Da cor do dia.

SAUDADE parte 1

Abraço, aperto, carinho, sorriso.
Fazer e refazer o caminho até chegar, sem cansar de chegar.
Sem querer sair.
São os dias que me salvam a semana
São os mesmos olhares que me fazem voltar pra casa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Até outra vez

Enquanto meu relógio não sabe a hora que marca
O vento arranca todas as folhas do calendário.

Nessa hora toda música fica triste
E toda alegria é passageira.

Ainda que um sorriso de longe seja sempre um sorriso,
O sabor que fica é de fel.

domingo, 7 de março de 2010

Mais do mesmo

Eu ando pedindo ajuda
Eu ando querendo aquele
Eu ando querendo sentar.

Eu vivo sempre comendo
Eu vivo morrendo de fome
Eu vivo morrendo.

Ele sabe mais do que eu
Eu espero mais do que nunca.

Aviso que saí

Eram poucas cores, poucas cores e muitos tons. Tantas casas - uma exatamente em cima da outra - tantas pessoas (meu Deus pra onde vai tanta gente?!). Tinham rodas, muitos tamanhos, a rua era cinza não fosse o passar das horas. O sinal fechava e abria sem ritmo algum. Eles corriam, se confundiam, se misturavam e encontravam caminho. Eu subia, morrendo de tudo. Me disseram oi e me deixaram entrar, eu passei por tudo e morrendo de saudade, vivi. Vivi dias e noites, algumas noites menos vivas. Uns dias vinham me acordar com um bom dia amigo, pouco familiar, mas amigo. Eu corria os olhos por tudo e todos, já que era a primeira vez, ainda. Corria o corpo por todas as sensações, e quando o sol me avisava das horas eu me recolhia, em mim.